terça-feira, 11 de setembro de 2007

Profissionalismo


O Português tem opinião sobre tudo. Sobre o que conhece e sobre aquilo que nem faz ideia do que é. Faz parte da nossa natureza tomar os próprios palpites como verdades supremas. Principalmente quando, se estivermos errados, não tivermos que pagar nada por isso.

Mas há algo em que eu, comum dos mortais, me sinto no direito de opinar. Na qualidade da intervenção do director nacional da PJ – Alípio Ribeiro - ontem na RTP. Pode o homem, não ter a eloquência dos antecessores, pode não ter a facilidade de comunicar ante as câmaras que outros têm. Mas sabe muito bem defender a instituição que lidera com o rigor que se lhe exige. Não cedeu nunca à tentação de contra atacar a imprensa inglesa que tanto o atestou de incapaz, defendeu a policia britânica como se deve defender um parceiro, optou sempre por um discurso apaziguador e profissional nunca recorrendo a “chavões” apelativos. E quando finalmente os jornais de Inglaterra admitem alguma que a investigação pode estar a ir no caminho certo, ele recusa o “bouquet de flores”, uma vez mais em nome da do rigor e da verdade, dizendo que também não pode garantir a cem por cento ter a prova conclusiva. Não sei como vai ficar a PJ na fotografia no final deste processo. Mas é certo que foi representada de uma forma incontestavelmente correcta.

sábado, 8 de setembro de 2007

Café del mar - Em busca do por do sol

Na segunda metade da década de 90 não estava muito atento às actualizações que a música dava ao mundo. Os meus conhecimentos do que se fazia, parou nas bandas que foram surgindo até 95, como os Skunk Anansie ou os Smashing Pumpkins. O “Chillout” passou-me completamente ao lado. Mas recentemente, através da internet e da blogosfera, conheci as compilações do “Café del Mar”. O tal bar de Ibiza que leva lá muita malta a fazer lembrar o “flower power” dos idos 60. São ritmos calmos, óptimos para dar ambiente em momentos passados de forma tão diferente como a trabalhar ou numa festa.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Os pais dos outros - Romana Petri


Dos textos e músicas que li e ouvi, alguns gostava de ter sido eu a criar. Como alguns conselhos que gostaria mais tarde de dar às minhas filhas.

“Tenho uma coisa para te dizer, para ti não é urgente, mas para mim é. Um dia vais ser mulher e ocupar o teu lugar no círculo da vida. Um dia, vais escolher um homem e talvez antes de escolheres um certo vais escolher muitos outros. És tu quem deverá escolher e eu não poderei fazer nada mas quero que saibas desde já uma coisa. Homens há muitos, mas dividem-se em apenas em duas categorias: os corajosos e destemidos e, do outro lado, os grandes cobardes. Para perceber a que grupo pertence cada um deles é fácil, basta saber o seguinte, o cobarde é furibundo dentro de casa porque rejeita qualquer desafio e trata a mulher e os filhos como uma prova contínua da sua coragem inexistente; ao passo que o verdadeiro corajoso, com as pessoas que lhe são queridas é carinhoso e justo porque não tem medo de nada no mundo e desafoga sempre fora de casa a sua fúria, e sempre com quem é forte como ele ou quem lhe é superior em força. É isto que eu te peço, que escolhas apenas homens de grande coragem, porque se caíres nas mãos de um cobardolas, não conseguias impedir a minha intervenção, e contando que to tire da frente é até possível que o mate."

Romana Petri - Os pais dos outros