sexta-feira, 30 de março de 2007

Estas nem o vento as leva - José Saramago

Há coisas que são tanto aquilo que são que não necessitam que as expliquemos.

A caverna

Um toque de Canela




Se nada mais se mostrasse, bastava a gula para nos mantermos sentados. A mesma gula que me traz à memória os baldes de chocolate mexidos pela Juliette Binoche, ou os pratos requintados dos banquetes do século XIX na “Idade da Inocência”.

“Um toque de canela” não tem pretensões a obra-prima, até porque o conteúdo, assente na infância revisitada, não é inovador. Já foi filmado em várias ocasiões, a melhor das quais no “Cinema Paraíso”.
O encanto que estes países mediterrâneos emanam, está todo lá. Istambul é homenageada de forma única. O protagonista “Fanis”, levava em Atenas a vida que escolheu, mas temia voltar à Turquia, com medo de não conseguir voltar da que não escolheu.

Ora triste ora alegre, é muito recomendável.

quarta-feira, 21 de março de 2007

O velho cemitério judaico

No Outono de 2005, conheci a cidade de Praga, e nela o bairro judeu, e nele o velho cemitério judaico. Como outros, este lugar causa impressões que por não serem de fácil descrição, cedo são esquecidas. Valha-nos então a mestria de grandes escritores como o Elias Canetti, - As vozes de Marraquexe.

“ O cemitério lembrava uma enorme lixeira. Talvez o tivesse sido e só mais tarde lhe houvessem dado o seu verdadeiro destino. Nada naquele lugar se salientava. Pedras que se viam, ossos que se imaginavam… Tudo, tudo jazia! Não era agradável andar por ali de pé a ponto de nos tomar uma sensação que não só nos diminuía como até parecia cobrir-nos de ridículo. Em muitos outros sítios do mundo, os cemitérios estão arranjados de maneira a proporcionarem felicidade aos vivos. Há neles tanta vida, tantas plantas, tantos pássaros, que o visitante, só ele vivo entre tantos mortos, sente-se animado e reconfortado, digno de ser invejado. Nas campas lê nomes de pessoas. A cada uma dessas pessoas, sobreviveu. Sem sequer o confessar a si próprio, parece-lhe nesse momento, que é como se os tivesse vencido a todos, um após outro! “

“ Naquele deserto cemitério judaico não há nada! Ele é a sua própria verdade, na sua paisagem lunar. Ao visitante é-lhe completamente indiferente o lugar onde cada pessoa está enterrada. Não se curva. Não procura decifrar nomes. Estão todos ali como lixo e só desejaríamos escaparmo-nos daquele lugar, tão cobardemente como um chacal! É o deserto dos mortos, sobre o qual nada nasce. È o último de todos os desertos.

terça-feira, 20 de março de 2007

Estas nem o vento as leva - Leo Tolstoi

A Felicidade não é fazer os que se quer mas sim querer o que se faz

sexta-feira, 16 de março de 2007

Estas nem o vento as leva - Francis Bacon

Não há comparação entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar

My litle Kermit


Kermit the frog

Chegado à blogosfera, criado o blog, é um bom começo explicar a razão do seu nome. O autor tem 34 anos e como muitos que nasceram na mesma altura, recorda com alguma nostalgia os anos 80 tanto naquilo que a época teve de bom, de muito bom, de mau e de horrendo. E quem sente essa nostalgia recorda com frequência muitas coisas que só por si eram capazes de nos por a falar durante tardes inteiras: - Os anjos de charlie, a TV Europa, a Telescola e professor de francês, a Heidi, o Marco, os táxi e o disco Cairo que era vendido numa lata, e o Show dos Marretas onde a fabulosa diva Miss Piggy morria de amores pelo director do espectáculo – Kermit the Frog. Nessa altura cantávamos o primeiro verso do genérico dos marretas, o resto era na-na-na-na … Hoje até sabemos mais da letra. Mas já não é a mesma coisa…