Alguns escritores americanos de uma nova geração, têm sido muito bem sucedidos e premiados ao escreverem argumentos simples, com a História dos Estados Unidos como pano de fundo. Comprova esta ideia o Pulitzer para ficção de 2001 ganho pelo Michael Chabon com "As Espantosas Aventuras de Kavalier & Clay" e o de 2003 ganho pelo Jeffrey Eugenides com “Midlesex”. Não são leituras complexas ou exigentes. As narrativas são envolventes e viciantes, por seguirem permanentemente direcções que o leitor não espera.
“Middlesex”, de Jeffrey Eugenides, é das melhores coisas que li nos últimos anos. Pelo que pesquisei do autor, a personagem central, Cal Stephanides, assemelha-se em muitos aspectos ao seu criador. Excepto num pormenor que acaba por condimentar todo o romance – trata-se de um(a) hermafrodita. Ao entrar na adolescência começa a viver da pior forma os primeiros sintomas da sua “anormalidade”. O encantador enredo da família Stephanides, desde Desdémona (A avó de Cal) desenvolve-se ao longo de mais de quinhentas páginas, de pura competência escrita. Eugenides escreveu também “As Virgens Suicidas”, tão bem adaptado ao cinema por Sophia Coppola. É de contar que “Middlesex”, passe brevemente à tela.
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