terça-feira, 11 de setembro de 2007

Profissionalismo


O Português tem opinião sobre tudo. Sobre o que conhece e sobre aquilo que nem faz ideia do que é. Faz parte da nossa natureza tomar os próprios palpites como verdades supremas. Principalmente quando, se estivermos errados, não tivermos que pagar nada por isso.

Mas há algo em que eu, comum dos mortais, me sinto no direito de opinar. Na qualidade da intervenção do director nacional da PJ – Alípio Ribeiro - ontem na RTP. Pode o homem, não ter a eloquência dos antecessores, pode não ter a facilidade de comunicar ante as câmaras que outros têm. Mas sabe muito bem defender a instituição que lidera com o rigor que se lhe exige. Não cedeu nunca à tentação de contra atacar a imprensa inglesa que tanto o atestou de incapaz, defendeu a policia britânica como se deve defender um parceiro, optou sempre por um discurso apaziguador e profissional nunca recorrendo a “chavões” apelativos. E quando finalmente os jornais de Inglaterra admitem alguma que a investigação pode estar a ir no caminho certo, ele recusa o “bouquet de flores”, uma vez mais em nome da do rigor e da verdade, dizendo que também não pode garantir a cem por cento ter a prova conclusiva. Não sei como vai ficar a PJ na fotografia no final deste processo. Mas é certo que foi representada de uma forma incontestavelmente correcta.

2 comentários:

Unknown disse...

Concordo que de facto nós, os portugas, emitimos sempre a nossa opinião seja ela mais ou menos credível.
Cumprimentos,
José Carreira

manhã disse...

sou fã da nossa PJ. Pronto,já disse!