domingo, 13 de maio de 2007

O Beijo de Gustav Klimpt


Li algures, que um pintor alemão chamado Anslem von Feuerb, uma vez disse que para se apreciar um quadro, são precisas muitas coisas, a primeira das quais uma cadeira.


Essa reflexão, adapta-se mesmo àqueles que, como eu, vão às exposições desprovidos de saber, mas com muita vontade de aprender.


É então altura de activar o nosso dispositivo gerador de paciência, e de preferência ligar o Audioguia , que começa a despejar informação.


Foi assim que recentemente aprendi sobre a obra de Gustav Klimpt e o movimento de secessão de Viena.


É consensual que a obra mais conhecida de Klimpt é “O Beijo”. Este quadro foi pintado no início do século XX, e foi tido como um dos mais importantes contributos à arte moderna. Ficou para a história como um grande símbolo da secessão austríaca. O prado que serve de fundo aos amantes (titulo original da obra), termina abruptamente, dando a ideia de um precipício. A mulher tenta evitar esse precipício com a posição do seu corpo. Procura afastar-se do homem com os braços. O Homem abraça fortemente a mulher. O precipício, ao que dizem, simboliza a tempestuosa relação que Klimpt mantinha com
Emile Flöge. Técnicamente, o quadro inova a arte tradicional, até então exercida, pela bidimensionalidade. Como se de um mosaico se tratasse.


Por aí em diante, um quadro que inicialmente nem me causou grande impacto, deu-me uma história a conhecer e gravou-se-me na memoria. Está no palácio Belvedere em Viena. E como outros do mesmo pintor, merece bem lá ser visto.

1 comentário:

Silvares disse...

É bem verdade que uma cadeira dá muito jeito. Mas abrir o "olho da mente" ao sentar o rabinho também não será de desprezar. Estou em crer que o primeiro passo para desfrutar uma pintura é a disposição para tal. Em tempos de "consumo" cultural isso nem sempre acontece e os "espectadores" da arte olham muito e vêem pouco. Descobrir o prazer da pintura é abrir um portão enorme na nossa alma.
Ah, I love kermit too :-)